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Jum Nakao relata como deve ser visto o conceito de moda para acadêmicos

O reconhecido estilista Jum Nakao, que esteve ontem palestrando na 2ª Semana de Moda  Cesumar, apresentou aos participantes a essência de seu trabalho "A costura do invisível" apresentado no São Paulo Fashion Week de 2004. Segundo ele, que tem projeção internacional, o objetivo da coleção era mostrar a importância de um pensamento ou uma idéia que seja superior a um simples ato ou desfile.

O foco de sua coleção em 2004 era apresentar para o público um projeto juntamente com uma idéia. E ao desaparecer com o projeto, que seria rasgar as roupas feitas de papel a idéia ainda permaneceria, pois o público teria construído um valor. Ê melhor forma de mostrar o valor é você tirar aquilo que a pessoa está vendo e fazer que elas continuem a enxergar", afirma Jum Nakao.

"A costura do invisível" mostra um conceito atrás do produto. Pensando nisso que o estilista escolheu utilizar papel. "O papel é insignificante, então não importa do que é feito, mas sim como é feito e de que maneira foi feito", relata Nakao. Para ele, o papel pode ter essa dimensionalidade de ao mesmo tempo estar repleto de escritas inúteis ou também ter algo que mude a vida das pessoas.

Ele afirmou aos acadêmicos que a moda não é apenas tecido. Moda é o que você ouve, os lugares que freqüenta, os livros que você lê os filmes que assiste.

O estilista também disse que não fez a coleção imaginando a reação do público, porque desta forma não conseguiria fazer o que tinha de ser feito, com o valor preciso. Desde 2004, está batalhando para que o reconhecimento da cultura aconteça no Brasil. "Os americanos adoram ser americanos, os italianos adoram suas máquinas. E o Brasil? Precisamos de uma cultura, de encontrar nossos valores", defendeu Jum Nakao.

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