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Professor e estudante de Jornalismo levam trabalho a evento internacional

O professor de Jornalismo Paulo Cezar Boni e a estudante do quarto ano, Arieta Arruda, apresentaram um artigo científico no II Seminário Internacional Media, Jornalismo e Democracia, realizado na Escola Superior de Comunicação Social do Instituto Politécnico de Lisboa (Portugal), em novembro. O trabalho aborda os sentimentos e as emoções dos fotojornalistas  atrás das lentes, principalmente quando em cobertura de guerras.


Participaram do Seminário profissionais de Portugal, Espanha, Brasil, Estados Unidos, Holanda e França. O professor Paulo Boni apresentou o trabalho numa sessão específica de imagem. Havia cinco trabalhos sendo apresentados, quatro eram do Brasil. De acordo com o professor da disciplina de Fotojornalismo, os portugueses assumiram que, em termos de fotografia, estamos melhores que eles. “Mas em outras publicações na área de Comunicação Social, Portugal dá um banho no Brasil”, observou.


Sobre a pesquisa, Arieta Arruda contou que a preocupação não era um estudo em torno de  trabalhos fotográficos, mas procurar saber qual o “olhar do fotógrafo atrás das lentes” em relação à vida, aos acontecimentos e a si mesmo”.


Os autores fundamentaram o trabalho em livros como o de Susan Sontag, que fala sobre o sentimento do fotógrafo ou ainda “Clube do Bang Bang”, publicado por quatro  fotógrafos que registraram experiências na África do Sul e descrevem sobre a realidade constatada. Também o livro do professor Paulo Bony sobre intencionalidade da fotografia serviu de base, além de documentários e uma entrevista com Juca Varela, o primeiro fotojornalista a estar em Bagdá na Guerra do Iraque. Além destes, foram consultados depoimentos de estudantes brasileiros de jornalismo que estiveram no 11 de setembro e contam como foi viver e registrar em fotografias aquele momento histórico.


 Para Arieta Arruda, o importante seria compreender quais os sentimentos que movem os fotojornalistas a estarem em contato com o perigo. “Lançamos alguns questionamentos, sobre o porquê desses profissonais correrem risco de vida, deixando famílias, meio social, sempre atrás das melhores imagens. Não apresentamos uma conclusão, porque cada um terá o seu ponto de vista, mas percebemos que eles têm muita inquietação e buscam denunciar as mazelas do mundo, através das imagens, com a intenção de sensibilizar as pessoas e contribuir com a paz”, concluiu a estudante.

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