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Projeto de leite orgânico é desenvolvido no Biotec do Cesumar


A integração de vários sistemas de preservação ao meio ambiente vão dar  sustentabilidade ao projeto

O projeto de produção de leite orgânico começou a ser desenvolvido em março de 2007, no Centro de Biotecnologia em Reprodução Animal (Biotec), na Fazenda do Cesumar (Centro Universitário de Maringá). Trata-se de um sistema de produção alternativo equilibrado, que tem por objetivo a viabilidade econômica do pequeno produtor rural na produção do leite orgânico. O projeto do leite orgânico faz parte do Projeto "Vida no Campo: a vida em harmonia com a natureza.", desenvolvido pelo engenheiro agrônomo Marcos Seghesi e implantado no Vale do Ribeira (SP), há 12 anos. A técnica aplicada é de sistemas agroflorestais e sistemas de produção agrossilvipastoril, que engloba sistemas diversificados, integrados, sustentáveis e orgânicos.

A área utilizada para a implantação do projeto de leite orgânico, no Biotec, é de 24.200 mil m² e servirá de unidade demonstrativa para técnicos, pequenos produtores rurais e alunos da instituição para aulas e dias de campo.

A pesquisa que resultou no projeto, coordenada pelo engenheiro agrônomo Marcos Alberto Seghese, teve início a partir da necessidade de se criarem oportunidades de rendas aos pequenos produtores rurais da região, que fossem além das commodities agrícolas atualmente exploradas, "pois somente desta forma se tornaria possível uma maior agregação de valor aos produtos finais", disse Seghesi.

De acordo com o coordenador dos cursos de Agronomia e Agronegócio do Cesumar (diretamente envolvidos no projeto), Odacir Zanatta, pelo fato de haver no Biotec uma estrutura de ordenha e processamento de produtos lácteos instalada, optou-se por utilizar esse complexo em favor de pesquisas que pudessem envolver vários cursos da instituição, entre eles, Agronomia, Agronegócio e  Medicina Veterinária.

Segundo o coordenador, o projeto começou de forma convencional e será convertido em orgânico. "Inicialmente, em função do fornecimento de pastagem de boa qualidade, equilibrada nutricionalmente, os animais receberão quantidades cada vez menores de produtos veterinários e, finalmente, deixarão de ser utilizados produtos químicos na fertilização da pastagem", esclareceu o professor.

Objetivos

O objetivo do projeto é trabalhar e integrar processos produtivos em uma mesma área, ou seja, a implantação de uma pastagem de elevada qualidade nutricional, a produção de feno a partir de um coquetel de gramíneas, um galinheiro móvel que produzirá ovos azuis para os bezerros e eliminará larvas e ovos de ectoparasitas, e a plantação de mudas frutíferas e de leguminosas arbóreas que juntos resultam no sistema agrossilvipastoril (agricultura, árvores e animais). O resultado será a produção de leite orgânico que contribuirá para o surgimento de outros sistemas de produção, a partir da industrialização de laticínios, que possibilitará a alimentação dos suínos no sistema siscal (sistema intensivo de criação de suínos a céu aberto -  suinocultura orgânica).

A área para a produção será fracionada em 12 piquetes (minipastos) de aproximadamente 1300 m², que vão funcionar com pastejo rotacionado, onde as gramíneas serão consorciadas com as leguminosas e resultarão em um banco de proteínas no pasto, gerando mais qualidade no leite. Assim, os animais irão começar a se alimentar por uma parte da área plantada e seguirão continuamente até o último piquete. Quando terminarem, a primeira área em que se alimentaram já terá se recuperado e, assim, darão continuidade ao processo.

O engenheiro agrônomo Marcos Seghese disse que a pastagem foi implantada ao lado do campo agrostológico e da área de produção de feno, de modo a integrá-los a outros sistemas já implantados no local (curral de espera, sala de ordenha e laticínios) concentrando todos em torno de um centro de manejo para a produção leiteira.

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