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Projeto de regularização da piscicultura incentiva produtores

Aconteceu quinta-feira passada (28) no Cesumar, o Seminário Regional sobre Piscicultura: Regularização Ambiental e Perspectivas de Mercado”. O encontro serviu para discutir a regularização da piscicultura na região e reuniu representantes da área técnica, criadores, comerciantes e financiadores.

No fechamento do evento, foi feito um balanço geral dos desafios e oportunidades para a piscicultura regional, cujo mediador foi José Sérgio Righetti, da Emater. Entre os participantes, estavam Paulino Mexia, chefe do escritório regional do IAP, Luis Eduardo Ferrari, presidente da Norpeixe (indústria e comércio de pescado), e Emiliano Cunha, proprietário da Fazenda Santa Juliana, uma das propriedades da região que desenvolve a  piscicultura.

Durante o debate, os produtores presentes puderam tirar suas dúvidas. Eles também sugeriram maiores prazos para a regularização da atividade, diante do que exige a resolução 002/08 publicada pelo IAP, Sema e Ibama. A resolução trata da regularização da atividade em áreas de preservação permanente, buscando resolver o problema da maioria das propriedades que estavam impedidas de exercer a atividade por esbarrarem em questões ambientais.

Para Paulino Mexia, o seminário, que reuniu representantes de diversos órgãos de Maringá e região, foi um momento histórico para a piscicultura do Paraná. “Espero que daqui a três meses possamos fazer uma avaliação de como estão sendo feitos os encaminhamentos de regularização”. Segundo ele, ainda há muitas dúvidas e por isso foi sugerida a formação de grupos para estudo.

A falta de incentivo financeiro para o processamento do pescado também foi debatida. De acordo com os produtores, esta atividade ainda está bem atrasada no Paraná e seria necessária a injeção de recursos pelo governo do Estado.

Também foi constatada a importância da implantação de uma unidade frigorífica na  região, porque o peixe, segundo um dos produtores presentes no encontro, é uma fonte de renda fundamental, altamente viável e nutritiva. 

Emiliano Cunha, da Fazenda Santa Juliana, disse ter condições de fazer parcerias com universidades e viabilizar sua propriedade para estudos. “Nosso estado tem potencial para ser o maior produtor na área da piscicultura. Precisamos de apoio político e de um prazo maior para regularização”, disse ele.

Segundo o professor Odacir Zanatta, coordenador do curso de Agronomia e Agronegócio do Cesumar, a parceria sugerida por Emiliano Cunha é válida e importante para a regularização das propriedades. “Vamos encaminhar nossos acadêmicos para trabalharem junto com os produtores, auxiliando-os nesse processo”, finaliza Zanatta.
 

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