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Silvio Meira grava vídeo-aula sobre criatividade, inovação e empreendedorismo

Na última semana, a Unicesumar recebeu um convidado especial. Doutor em Ciência da Computação, Silvio Meira, Silvio Meira_Unicesumargravou uma vídeo-aula que discute a influência e a relação que a tecnologia, internet, inovação e criatividade possuem com o mundo do empreendedorismo. Meira destaca-se por ser referência nacional e internacional na sua área. Foi nomeado um dos 100 brasileiros mais influentes em 2007 pela Revista Época, escolhido por O Globo em 2011 como personalidade do ano da economia brasileira e eleito como um dos 100 brasileiros mais influentes na web em 2013 pela Revista Galileu.

Silvio Meira é engenheiro eletrônico pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica), professor emérito do Centro de Informática e mestre em informática pela UFPE, Recife, PHD em computação pela University Of Kent At Canterbury, professor associado da Escola de Direito da FGV-Rio, fundador e presidente do Conselho de Administração do Porto Digital, co-criador e provocador-chefe de uma das primeiras redes de business designers do Brasil, a IKEWAI. Fundou e foi o cientista-chefe do C.E.S.A.R. (Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife) até julho de 2014.

Claro que não poderíamos deixar de registrar a passagem de uma figura ilustre como essa no compus sede da Unicesumar. De uma forma descontraída, Silvio Meira conversou com a nossa equipe e respondeu algumas perguntas. Confira!

Silvio, qual é a principal mudança que a internet e tecnologia trouxeram para nossas vidas nos últimos anos?

Há meio século a tecnologia e a internet vem mudando a rotina das pessoas. Computadores e celulares passaram a fazer parte do nosso cotidiano, impactando diretamente na comunicação. O mundo virtual criou novas formas de relacionamento, pois é através da internet que acompanhamos as notícias e informações em tempo real ou, no meu tempo. Isso facilitou a acessibilidade e a dinâmica do tempo da comunicação. Ou seja, estamos saindo de uma era de performance propriamente dita, pois se olharmos para trás, quem estava conectado, estava mal conecto. Hoje em dia eu posso assistir o que eu quero, a hora que eu quero e no lugar que eu quero. Já na época do analógico, por exemplo, havia uma sincronização onde todo mundo tinha que estar vendo a mesma coisa ao mesmo tempo. Então a transformação de público para comunidade – pessoas que interagem cada uma no seu tempo – talvez seja a mudança mais dramática que a internet e tecnologia trouxeram nos últimos 25 anos.

Dentro desse contexto, qual é o impacto e o poder dessa tecnologia com o mercado de consumo?

A internet criou um novo tempo, espaço e um mundo cheio de possibilidades. O modo de produção de conhecimento está mudando constantemente. O facebook, por exemplo, é a maior máquina de mídia do mundo. A maioria das informações é consumida por essa rede social. A mudança do público para comunidade, juntamente com a autonomia das pessoas de controlarem o fluxo de informações que chegam até elas, mudou as arquiteturas das organizacionais, os valores e o mercado. A dinâmica passou a ser outra completamente diferente do que estávamos acostumados. Hoje é possível avaliar o preço de determinado produto pela internet e ainda verificar se o vendedor é bom. O Buscapé mesmo passou a ser uma bolsa de valores para tudo. Os compradores passaram a avaliar os vendedores os preços, obrigatoriamente, tornaram-se mais transparentes. A dinâmica do mercado passou a ser outra completamente diferente.

 Como as empresas estão se comportando diante da tecnologia x internet?

As empresas estão tentando fazer a mudança para o digital. No entanto, as instituições estão numa fase que, o digital é a digitalização do analógico.  Um exemplo disso são os aplicativos de bancos e televisões. As empresas continuam oferecendo a mesma coisa de antes. O que mudou, verdadeiramente, foi que eles apenas improvisaram uma “capa de digital”.  Onde, na verdade, esse serviço deveria ser ainda mais dinâmico e apropriado para o atual cenário. As pessoas estão acostumadas com a qualidade de Facebook e Instagram. Pois algum dia esses dois últimos apps que citei deixaram de mostrar o feed de notícias? Não! Agora, com certeza, por diversas vezes, você deixou de pagar um boleto porque o app do seu banco não leu o código de barras. Isso é um absurdo!

O ambiente digital tomou conta das nossas vidas. As empresas devem, necessariamente, se preocuparem com a inovação nesse meio?

Você e eu, enquanto pessoas, estamos informatizados. As instituições é que estão atrás. Até a internet chegar, a informática partia das empresas para as pessoas. Depois do móvel aparecer, passou a ser das pessoas para as organizações. E há determinadas coisas que são definitivas. Você não pode tirar os smartphones das pessoas em seus ambientes de trabalho. As pessoas se informatizaram numa velocidade muito maior do que as empresas porque é uma informatização, digitalização fluida. Sabe o que isso quer dizer? É que conseguimos nos adaptar rapidamente e as empresas não. Existe uma sociedade conectada a uma plataforma que habilita você a fazer coisas mais rapidamente. Por isso, as empresas precisam criar estratégias digitais efetivas e eficazes que façam com que elas consigam prover ambientes informacionais aos usuários que tenham, pelo menos, a mesma qualidade dos sistemas que esses clientes e usuários estão acostumados a utilizar, como o Facebook, Instagran, Amazon, Buscapé, Mercado Livre, entre outros.

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