Unicesumar
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Especialista em Administração Estratégica ministra aula para MBA executivo

O Consultor de
empresas em Programas de
Administração
Estratégica
, Qualidade Competitiva e Liderança Empreendedora
desde 1973, Diretor dos Programas de Desenvolvimento de Consultores da Faculdade
de Economia e Administração da PUC de
São Paulo e autor dos livros "Gerenciar No Limite" e "T&D Total", Mário
Donadio, esteve ministrando no último sábado, dia 05, uma aula para o curso de
MBA Executivo oferecido pelo Cesumar. Durante o intervalo o professor concedeu
uma entrevista e falou um pouco sobre as mudanças no clima organizacional e no
perfil dos novos líderes.



Quais as principais mudanças no clima das organizações hoje?

Donadio: Hoje nas organizações a gente tem um conflito de clima muito grande. Primeiro as empresas estão cada vez mais exigentes nos seus resultados e isso às vezes provoca nas pessoas um descompasso, entre os objetivos das pessoas e o objetivo da empresa. Se a empresa não cuidar disso, mostrando que essas coisas podem ser integradas, você tem um clima muito ruim na empresa o que acaba produzindo resultados negativos na produtividade.

O que as empresas podem fazer para evitar este clima negativo?

Donadio: A empresa poderia ajudar a evitar isso, e ajudar a si mesma, envolvendo cada vez mais os funcionários nas decisões empresariais. É cada vez mais importante um trabalho em equipe, com a participação e a compreensão dos objetivos estratégicos da empresa.

Essa interação acaba exigindo um pouco mais das competências emocionais dos dirigentes?

Donadio: Sim, e esse é um ponto muito importante. Estudos sérios identificaram quais eram os líderes vencedores e quais eram os medíocres. Apesar das inteligências serem múltiplas, nós percebemos que todos os lideres vencedores - medidos pela satisfação das pessoas, pelo bom clima, pelos resultados que ele produz e até pelos salários que eles tem - tinham dois componentes de inteligência que eram muito importantes: Uma capacidade de conhecer a si mesmo, e uma capacidade de conhecer os outros. Isso é a competência emocional exigida.

Tendo em vista a importância de líderes com competências emocionais o que pode ser feito para mudar a mentalidade daqueles líderes antigos, que acreditam que o mais importante é dar ordens e serem obedecidos?

Donadio: Olha, lamentavelmente se a pessoa não tiver uma percepção de que ela precisa mudar, que ela precisa se desenvolver, ela vai ter um fim trágico na empresa, não vai ficar por muito tempo na empresa. As empresas boas e bem administradas procuram trabalhar para que esses líderes antigos, durões, que não envolvem ninguém, que não acreditam em participação, possam desenvolver essas competências emocionais, mas algumas pessoas são resistentes. Essas pessoas são futuros desempregados, lamentavelmente.

Essa mudança no clima das organizações gera novas oportunidades?

Donadio: A velocidade das mudanças e tudo o que se percebe não é que gera oportunidades, mas a pessoa descobre as oportunidades nesse processo de mudanças. Cada vez que se tem uma mudança tudo o que se sabia antes é pouco, surgem grandes oportunidades para novos conhecimentos, e a pessoa que estiver atenta para isso, ela vai perceber que aí está a oportunidade. O que ela tem de fazer? Tem de fazer como dizem os adolescentes: ela tem de ficar antenada, lendo tudo, ouvindo tudo, percebendo tudo, fazendo cursos e aí você percebe o que está se alterando e percebe onde estão essas oportunidades.

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