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Ex-ministro da previdência confirma: sistema de saúde pode se tornar insustentável até 2015


Ao falar no encerramento do 3º Congresso Interdisciplinar de Saúde do Cesumar, nesta sexta-feira, o ex-ministro da Previdência no governo de Fernando Henrique Cardoso, José Cechin, apresentou um cenário de insustentabilidade para a saúde até 2015 em diversos países, com base em um estudo realizado pelo IBM Institute for Business Value e que foi traduzido no Brasil pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar, o qual dirige.


O problema que vem acontecendo no mundo todo e que não é diferente no Brasil é um aumento das despesas com tratamentos de saúde, já que a população está mais velha, há uma maior incidência de doenças e os tratamentos com tecnologias de ponta são mais caros.


De acordo com o ex-ministro que também é economista, os países gastam grande parte de seus orçamentos hoje com saúde. Um exemplo citado é o de Ontário, no Canadá, onde os estudos apontam um comprometimento de 50% das receitas com saúde até 2011 e de 100% até 2026. "Muitos outros países seguem o mesmo caminho e sendo assim em 2015 não haverá mais recursos para a saúde", diz Cechin.


Os dados apresentados pelo economista constam no documento que foi denominado "A Saúde em 2015: Ganha-Ganha ou Todos Perdem?". Para evitar que todos saiam perdendo, o ex-ministro diz que é necessário canalizar o atual cenário de mudança com a globalização também para a saúde, levando todos a um "ganha-ganha".


Mas é preciso, além de ações governamentais, uma mudança de comportamento da sociedade. "É necessário responsabilizar os indivíduos também pela sua saúde", salientou o palestrante, destacando a necessidade de que as pessoas adotem hábitos saudáveis de vida, evitando os custos com doenças crônicas responsáveis por mais de 50% dos gastos com saúde.


"Esta é a importante mensagem que nos deixa o estudo da IBM, que nos mostra que as doenças crônicas são também as mais evitáveis, tendo como fatores de risco a obesidade, o sedentarismo, maus hábitos alimentares, o fumo e o álcool", enfatizou Cechin, ao informar que o estudo recomenda ainda um alinhamento de incentivo nos planos de saúde, fazendo com que paguem menos as pessoas que têm hábitos mais saudáveis de vida.

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