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Jornada de Serviço Social discute violência contra a mulher


Começou ontem (31), a Jornada Científica "Violência de Gênero e Maioridade Penal", promovida pelo curso de Serviço Social. Professores, profissionais e acadêmicos de diversos cursos participaram da palestra de abertura, que foi proferida pela pós-doutora Latif Antônia Cassab sobre "Gênero e violência contra mulher". 

A palestrante trouxe dados sobre o Brasil em que a cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas, a cada duas horas uma mulher é assassinada e a cada três pessoas atendidas no Sistema Único de Saúde, em razão de violência doméstica ou sexual, são mulheres. "Mesmo com esses números elevados não há uma retratação fiel do problema porque existe dificuldade em identificar e registrar os casos de violência", explica Latif, que atribui essa imprecisão ao fato de ser recente a concepção de que agredir mulher é crime. "O senso crítico sobre o tema só passou a vigorar após 2006, com a instituição da Lei Maria da Penha", afirma.

De acordo com a pesquisadora, as novas linhas de estudos não apontam a mulher como vítima das agressões. "Mas sim como participante, alguém que contribui para a construção de uma relação pautada no poder assimétrico, na submissão e na violência", reflete Latif.

A coordenadora de Serviço Social, Maria Cristina Cunha, destacou a importância dos futuros profissionais conhecerem diferentes cenários da realidade social e profissional. "É preciso se munir de conhecimento durante esta jornada para que toda a prática seja desenvolvida de maneira diferente e com conhecimento", ressaltou.

Nesta sexta-feira (1), as atividades da jornada continuam com a presença da secretaria da mulher de Maringá, Flor Duarte, que falará sobre a rede de atendimento às mulheres vítimas de violência em Maringá.  No próximo dia 13, a professora de direito Lissa Cristina Pimentel discorrerá sobre a maioridade penal no Brasil, quando encerrará a jornada.

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