Palestras em escolas, oficinas e triagem vocal para grupos de risco vão fazer parte da programação, que acontece de 16 a 20 de abril
A Semana Nacional da Voz começa segunda-feira (dia 16) e terá extensa programação em Maringá. Com o lema “Seja amigo da sua voz”, professores e estudantes do curso de Fonoaudiologia do Centro Universitário de Maringá vão orientar a população e fazer triagem para os grupos que apresentam maior risco de doenças vocais como cistos, nódulos, pólipo e o câncer de laringe.
Um total de 53 palestras e oficinas estão programadas para acontecer em escolas, academias de ginástica e grupos de coral. Os organizadores prevêem atingir cerca de 2 mil pessoas com estas atividades. Na Clínica de Fonoaudiologia do Cesumar, haverá triagem vocal nos dias 17, 18 e 19 e o objetivo é atender cerca de 800 pessoas. A prioridade no atendimento será para fumantes, pessoas que consomem álcool, tenham rouquidão, dor de garganta, dor para engolir ou pigarro.
O atendimento na clínica será prestado das 8h às 11h30 e das 13h30 às 17 horas e haverá encaminhamento dos casos mais graves para três otorrinolaringologistas da cidade que atenderão gratuitamente a estas pessoas. Os interessados neste tipo de atendimento deverão ligar para a clínica, no telefone 3027-6360, ramal 255, e agendar atendimento.
Problemas
O uso inadequado e abusivo é, em geral, a principal causa dos problemas da voz. O fumo é outro grande vilão, responsável por 97% dos casos de câncer de laringe, que ainda hoje atinge cerca de 15 mil pessoas por ano no Brasil, levando mais da metada à morte.
Assim como qualquer estrutura de nosso corpo, as pregas vocais - responsáveis pela vibração que produz a voz – ficam sobrecarregadas quando são muito exigidas. Por isso, as pessoas mais afetadas por problemas de voz são os profissionais que dependem dela para trabalhar, como os professores , por exemplo.
Alguns sintomas podem ser indicativos de que algo não vai bem. Rouquidão persistente por mais de 15 dias, pigarros e dores constantes de garganta, sensação de incômodo ao engolir alimentos e perda da voz são alguns dos sinais que servem de alerta. Laringites ou o surgimento de pequenos cistos, ou ainda de nódulos ou pólipos são alguns dos problemas mais comuns que podem causar distúrbios vocais.
Segundo a coordenadora da Semana da Voz, professora Maria Luisa Zapata Leonel, o número de mortes poderia ser menor se as pessoas prestassem mais atenção nas alterações da voz e procurassem avaliação médica nas fases iniciais do problema, o que aumentaria as chances de cura. “Quem fica rouco sem melhora por mais de 15 dias deve procurar um especialista”, alerta a fonoaudióloga.