Unicesumar
Unicesumar

Aprimoramento farmacêutico é discutido em encontro do CRF

Contando
com a presença do presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS), Francisco
Batista Júnior, o Conselho Regional de Farmácia do Paraná realizou nesta
quinta-feira, no auditório do bloco 6 do Cesumar, o 2º Seminário de
Aprimoramento Farmacêutico. Também estiveram presentes o secretário municipal
de saúde, Antônio Carlos Nardi, o presidente da 15ª Regional de Saúde, Antônio
Carlos Pupulim, o reitor do Cesumar, Wilson de Matos Silva, acadêmicos e
profissionais de Farmácia.

O
objetivo do encontro, conforme o presidente do CRF, Denniss Armando Bertolini,
foi levar informações atualizadas com relação às novas legislações e
estratégias profissionais àqueles que estão entrando no mercado de trabalho e
assumindo responsabilidades técnicas. No mesmo evento, houve a cerimônia de
juramento e entrega de carteiras profissionais a 23 novos farmacêuticos da
região.

A
questão mais debatida, no entanto, foi a situação das farmácias que vendem hoje
grande variedade de produtos. O problema nisso, segundo o presidente do CNS, é
que a venda de outros produtos cria na população a concepção de que medicamento
também é uma mercadoria, incentivando o uso indisciminado.

Para
Francisco Batista, a farmácia deve ser um estabelecimento de saúde e não
comercial. Segundo ele, esta questão está entre os debates atuais do Conselho e
“temos de conseguir suspender esse procedimento que hoje é regra em todo o
país”.

O
presidente do CNS defendeu ainda o medicamento como um bem de saúde e a
assistência multiprofissional. Para ele, que discorreu sobre as políticas
públicas de saúde, faz-se necessário atualmente repensar sobre muitas questões
do SUS (Sistema Único de Saúde), que investe bilhões em medicamentos com uma
cultura voltada mais à doença do que à saúde.

Ainda
falando sobre a venda indiscrimida de produtos nas farmácias, Francisco Batista
disse que isso tem gerado prejuízos incalculáveis para a população brasileira,
sob o aspecto clínico, social e econômico. “Nossas farmácia têm de ser
estabelecimento de saúde, onde a população vai encontrar profissionais
habilitados e qualificados a tratá-la como usuário de medicamento, repercutindo
na qualidade do seu tratamento”, frisou.

Outra questão
colocada pelo presidente do Conselho Regional de Saúde é quanto a inserção do
farmacêutico nos serviços do SUS. Para Armando Bertolini, os recursos na área
de medicamento são muito grandes e é preciso que haja um melhor cuidado na
dispensão, distribuição e na compra desses medicamentos para atender a
população. “Infelizmente o medicamento é utilizado como troca de voto e isso
tem de acabar”, exclamou, ao defender que o serviço público possa
gradativamente contemplar o farmacêutico na sua área de saúde.

Últimas notícias

Categorias