Por: Prof. Danillo Saes

A realidade do mundo de hoje é ligada à velocidade, digitalização e, consequentemente, exposição em redes. Com a inserção da tecnologia no dia a dia das pessoas é possível presenciar diversas mudanças. Por exemplo, o fato de um indivíduo com perfil em uma plataforma social ser propagador de informações e não mais apenas receptor.

Este cenário de disseminação de ideias que temos presenciado, sejam elas boas ou ruins, certas ou erradas, do mesmo ponto de vista que o seu ou não, faz parte de um mundo moderno e democrático. Neste contexto, a tecnologia tem sido utilizada como ferramenta de propagação destes posicionamentos. E, é neste ponto que quero propor minha reflexão e provocação!

img_0740Ao ter o poder do click em mãos, as pessoas passam a ser mais ativas diante das informações que recebem. Os meios de comunicação mudaram as formas de divulgar suas notícias, justamente diante deste comportamento que os indivíduos passaram a adquirir com o passar do tempo. Há alguns anos atrás pesquisadores divulgaram artigos sobre a influência da segunda tela, ou seja, o notebook ou o smartphone, que começavam a se infiltrar como coadjuvantes da tela da televisão. Telespectadores comentando suas novelas, criticando o técnico do time de futebol e outros tipos de comentários. Hoje, os dispositivos móveis não são mais uma segunda tela, mas uma extensão real. E, muitas vezes, protagonista para receber, digerir e disseminar as informações recebidas.

Note que, com isso, nós, meros mortais que até então éramos tratados pela grande mídia como depósitos de informações, fossem elas certas ou erradas, boas ou ruins, favoráveis ou contra, passamos a ser também protagonistas por meio do “poder” que o display de um dispositivo móvel nos dá. É incrível e, ao mesmo tempo, muito preocupante. Minha preocupação com este cenário vem acompanhada de algumas provocações:

  • Será que todos que se manifestam sobre qualquer tipo de assunto estão devidamente preparados para isso?
  • Será que possuem bagagem suficiente para criticar?
  • Os ditos “influenciadores” realmente possuem o espírito crítico necessário, unido à responsabilidade de “influenciar”, para publicar seus posicionamentos?

Veja bem. São provocações, indagações. Não afirmações. Que fique bem claro!

Então, meu caro leitor e minha querida leitora, quando nos deparamos com as famosas fake news, por sermos ativos através das plataformas sociais, assumimos uma parcela (grande) de responsabilidade ao disseminá-las. Ao receber aquela notícia através do WhatsApp, ou aquele áudio que afirmam ser de determinada figura pública e, simplesmente, com nosso “dedinho ansioso” compartilhamos em grupos com intuito de dar um “furo de reportagem”, que até então era apenas para jornalistas, damos nosso aval sobre aquela informação.

Não quero dizer que as pessoas que criam as fake news ficam isentas de responsabilidades. Longe disso. O que desejo com esse texto é provocar você a desenvolver seu senso crítico diante da informação que consome e, com isso, não tomar como verdade tudo aquilo que impacta.

O mesmo “poder” que a tecnologia nos dá para disseminar informações também nos proporciona a possibilidade de investigá-la. Além disso, de contestá-la e analisá-la. No entanto, investigar, contestar e analisar é trabalhoso, exige esforço de pensamento e queima de fosfato.

A diferença entre uma fake news ser desmascarada ou se transformar em “verdade” está no pequeno intervalo de tempo entre o momento que a consumimos e o momento que clicamos em “encaminhar”. Pense nisso!

Deus abençoe ricamente! Um abraço!

Prof. Danillo Saes

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