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Membro da Unesco ministra palestra sobre educação superior

O professor Francisco López Segrera, membro do Comitê Regional para a América Latina e Caribe da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) ministrou palestra sexta-feira no Cesumar sobre "Tendências internacionais: desafios e oportunidades da educação superior na América Latina". A palestra foi assistida pelos dirigentes, diretores, coordenadores de cursos e professores.

Num primeiro momento, Segrera apresentou um cenário da educação superior no mundo. Começou dizendo que a partir de 1990 o predomínio da concepção neoliberal levou os governos a  investirem cada vez menos dinheiro nas universidades públicas e isso impactou principalmente a América Latina. O postulado da Unesco de 1996, de maior acesso à universidade, ficara comprometido com tais mudanças.

Segundo Segrera, uma das conseqüências da globalização econômica é a tendência privatizadora para a educação superior. Ele também fez crítica aos rankings entre as universidades "cada vez mais na moda", quando deveria priorizar o investimento em capital humano e social.  "Mais importante que ganhar prêmio Nobel é garantir que existam boas escolas para todos", disse, ao lembrar que há "massas enormes de brasileiros e mesmo americanos excluídos da educação superior".

"Parece que estas influências sobre a universidade são muito poderosas que atrapalham os caminhos de transformações que as IES [Instituições de Ensino Superior] podem produzir", enfatizou o professor. Quanto à educação superior no Brasil, ele vê no governo de Lula "políticas com ânsias transformadoras".

América Latina

Na América Latina o representante da Unesco disse que é preciso estabelecer políticas públicas fortes para a educação superior, investindo sempre no capital humano e social. Ele destacou que o setor privado é o que mais cresce e avaliou: "o problema é que poucos chegam à universidade e se perpetua o ciclo de pobreza".

De acordo com Segrera, está havendo uma diversificação das IES na América Latina, com novas fontes de financiamento, prestação de serviços e alianças estratégicas com agências internacionais.  Está havendo também, conforme informou, diversas reformas acadêmicas, como implantação de grades curriculares intermediárias, planos de estudo flexíveis e modelos educacionais baseados na aquisição de competências profissionais.

Para o professor, é preciso ainda melhorar financiamentos, cumprir melhor a função social da universidade, preparar mais e melhores projetos e desenvolver políticas de cooperação internacional para fazer da educação a principal ferramenta de transformação.

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