Moraes, que desde a época do colégio se dedica ao teatro e mais recentemente inaugurou uma escola de teatro em Maringá, tem um estilo crítico e moderno de fazer rir, o que já chamou a atenção nada mais nada menos do grande diretor de Armação Ilimitada, Os Trapalhões, Chico Anysio Show, Viva o Gordo e Zorra Total, Maurício Sherman.
Em “A Vida é uma Comédia”, Moraes construiu personagens de repertório simples mas aguçado, que geram uma identificação imediata. Personagens como Kiko, o malabarista de sinaleiro, que fez faculdade de Direito mas não passou no Exame da Ordem e a única saída foi trabalhar em semáforos, o Dimirso, um gaguinho rejeitado pelo pai, a Jaci Borrô, uma socialite falida que não perde a pose, Jhonwando, um cara com nome artístico que tinha tudo para ser uma pessoa de sucesso mas a bebida acabou com ele, e por fim Edicreuza, uma empregada doméstica que só trabalha para famosos e para alta sociedade.
“Seriam apenas estereótipos do mundo real se eu não imprimisse em cada um deles ritmos e vocabulários típicos, que provocassem essa identificação”, comenta o autor e ator. Moraes se esforça em não fazer apenas rir, através da interação com a platéia, mas também em construir com versatilidade e inteligência cada uma das personagens, que parecem surgir do contato direto com o mundo, como se elas fossem experiências vivenciadas pelo próprio ator.
A comédia que vai estrear em Minas e já tem turnê pelo Brasil marcada até julho do ano que vem, é limpa, sem “palavrões”, o que só comprova o talento de Fábio Moraes, mostrando que para o público rir não precisa apelar. O espetáculo tem duração de 80 minutos, em que o ator interage a todo instante com a platéia.
O público maringaense poderá ver a peça somente em maio de 2008, depois de temporadas em Minas, Rio de Janeiro, Salvador, Campinas, Ourinhos, Presidente Prudente e Jacarezinho. Depois de Maringá, a peça segue para Londrina, Curitiba, Cascavel, Toledo, Foz do Iguaçu, Cuiabá e São Paulo.