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Secretário da Agricultura participa da abertura do Simvet

O Secretário de Estado de Agricultura, Newton Pohl
Ribas, participou da abertura do 6º Simpósio de Medicina Veterinária do
Cesumar (Simvet) ocorrida nesta quarta-feira pela manhã. Com o tema
Sanidade Animal no Brasil em Perspectiva, o assunto que ganhou maior
destaque na abertura do evento foi o episódio da febre aftosa no Paraná.

Não só o secretário esteve presente, como também o presidente da
Sociedade Rural do Paraná, Edson Neme, o presidente da Sociedade Rural
de Maringá, Joaquim Fontes, o presidente do Conselho de Medicina
Veterinária do Paraná, Massaru Sugai, o chefe do escritório regional da
Seab, Renato Cardoso, o presidente da Associação Paranaense de
Criadores de Gado de Corte, André Carioba, além de proprietários de
fazendas que tiveram o gado abatido e o coordenador do curso de
Medicina Veterinária do Cesumar, professor Raimundo Tostes.

O secretário Pohl Ribas fez questão de explicar os motivos que levaram
o Estado a decretar suspeita de focos de aftosa em outubro do ano
passado no Paraná. Segundo ele, o Estado embasado em uma decisão do
Conesa (Conselho de Sanidade Agropecuária do Estado do Paraná), adotou
uma medida preventiva por estar muito próximo da região do Mato Grosso
do Sul afetada pela doença.

“Foi uma medida para que o Paraná pudesse se defender de um problema
futuro. Será que foi um exagero? Podíamos ter feito como São Paulo que
não se manifestou a respeito, mas optamos pela transparência e
responsabilidade. Preferimos assim ao invés de ser criticados pela
omissão”, argumentou.

Críticas e sugestões

O
secretário também falou da demora dos resultados dos exames, criticou a
falta de estrutura dos laboratórios nacionais e apontou a necessidade
de se reformular o regulamento sobre sanidade animal no Brasil. “O país
segue as regras da OIE (Organização Internacional de Saúde Animal), mas
a condição de nossos rebanhos não é a mesma dos da Europa onde o gado
não é vacinado”, observou, ressaltando mais uma vez que no Paraná não
houve febre aftosa. Para ele, a aftosa só esteve na “papelada e
burocracia do Ministério da Agricultura”.

Os
resultados dos exames de necropsia feitos após o abate dos animais  que
irão constatar se houve ou não a febre aftosa nos rebanhos sacrificados
estão para sair, mas o secretário disse não ter ainda informações
oficiais a esse respeito.

Mudanças esperadas

O
presidente da Sociedade Rural do Paraná, Edson Neme, também se
manifestou sobre o assunto e disse que é preciso levar adiante as
reivindicações para mudança das normas sobre a sanidade animal no
Brasil. Para ele, o Paraná é um exemplo nesta área, mas acabou sofrendo
sanções devido ao rigor das exigências.

Já o
coordenador do encontro, professor Raimundo Tostes, destacou o objetivo
do Simvet de promover um amplo debate sobre o tema da sanidade animal
no país, trazer à luz os pontos ainda sem repostas na questão da aftosa
e acima de tudo provocar a reflexão dos segmentos ligados à área para
que o setor agropecuário de uma maneira geral seja melhorado no Brasil.

O encontro prossegue até nesta sexta-feira com mesa redonda sobre
aftosa, quinta, às 16 horas, e várias palestras que tratarão de temas
que vão da gripe aviária às doenças emergentes na suinocultura nacional.

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