No dia 18 de junho, comemora-se o Dia Internacional dos Museus. Com isso, a equipe do museu Unicesumar elaborou um material com essa temática. Vamos conferir?
O museu é um espaço onde são guardadas as memórias de um povo, que podem ser encontradas na forma de artefatos, documentos ou imagens. Ainda é comum o preconceito de que o museu é um depositário de coisas velhas e inúteis. Porém, a realidade tem provado o contrário. Quando visitamos um museu, podemos conhecer sobre a história de uma cidade, de um país, de um povo. Além da reflexão sobre a sua cultura, seus hábitos, seu desenvolvimento. Sendo assim, o museu se constitui como um espaço não formal de ensino e aprendizagem.
A prática de preservação de objetos com finalidade cultural remonta à idade antiga. Na Mesopotâmia, por exemplo, já existia a prática de coleção de antiguidades. Ainda por cima, com a técnica da identificação de cada obra. Os gregos e romanos também desenvolveram as suas técnicas e metodologias. Isso se refere à exposição de objetos relacionados a suas memórias ou história. Na Idade Média, essa prática quase desapareceu. No Renascimento, a noção de museu é recuperada. As grandes navegações possibilitaram o contato com coisas totalmente novas e, assim, coleções de curiosidades passaram a chamar a atenção e foram se formando os chamados gabinetes de curiosidades, embriões dos museus como conhecemos. O Brasil foi brindado com um desses gabinetes a partir da coleção formada por Maurício de Nassau, governador da colônia holandesa formada em Pernambuco a partir da invasão dos holandeses entre os anos de 1630-1654.
O Museu Ashmolean é considerado o primeiro museu moderno. Ele foi criado na cidade de Oxford, na Inglaterra, em 1683. No Brasil, o surgimento do museu como instituição científica surgiu em 1818 com a criação do Museu Real, hoje conhecido como Museu Nacional do Rio de Janeiro. Na atualidade, o mais importante pela qualidade do seu acervo é o MASP, Museu de Arte de São Paulo, fundado no ano de 1947.
Em Maringá, existem vários espaços museais voltados para a conservação da história dessa cidade, que apesar da sua história recente, já possui um acervo considerável a esse respeito. Esses espaços são: o Museu da Bacia do Paraná, localizado na UEM, Universidade Estadual de Maringá; o Centro de Documentação Histórica, que fica nas dependências do Teatro Calil Hadad; o Museu da Cocamar, localizado no complexo dessa cooperativa; o Memorial Kimura, que fica na fazenda que pertenceu a família Kimura, pioneiros dessa cidade; e o Museu Unicesumar, localizado no campus do Centro Universitário de Maringá – todos eles abertos à visitação pública.
Conheça o museu Unicesumar
O Museu Unicesumar foi criado com a finalidade de manter viva na memória das pessoas a história do desenvolvimento de Maringá e região. Ele surgiu a partir da ideia do reitor da instituição, Wilson Matos, cuja preocupação é voltada para a formação integral do educando. Ele entende que os valores morais, éticos e culturais compõem a totalidade do ser humano. Reconhecer o seu lugar na história e a sua participação enquanto agente da mesma é papel de cada um. Porém, isso só será possível na medida em que se tem a bagagem necessária para tal. E essa bagagem inclui o conhecimento da sua própria história. Isto lhe possibilita a sua identificação e o sentimento de pertencimento.
A implantação de um museu onde se possa identificar a história dessa região passa a ser o objetivo da direção da Unicesumar. Após compor a equipe que trabalharia no projeto, buscou todas as formas da sua execução. Partindo do projeto inicial, foram erguidas três edificações, sendo elas:
- A Tulha, uma construção feita com a madeira de demolição de um antigo armazém de café, cuja finalidade é remeter o visitante ao período áureo da cafeicultura da região, que foi a base econômica do início da colonização dessa região.
- A Casa do Pioneiro é uma residência de madeira construída em 1953 na região conhecida com Maringá Velho. Ela foi transplantada para o campus sede da instituição e serve para demonstrar como era o cotidiano dos pioneiros.
- No edifício central, o visitante pode encontrar uma acervo imagético, que reconta a história de Maringá por meio de fotografias e vídeos. Além disso, existe um espaço para exposições temporárias. Nesses espaços, são realizadas tradicionalmente duas exposições diferentes por ano, tendo sempre o mesmo foco: a história de Maringá. Complementando, o visitante termina a visita assistindo um breve filme. Esse filme é uma simulação de um voo panorâmico pela cidade com o recurso de imagem em 3D.
Acompanhe algumas imagens do espaço:




Na parte externa dessas edificações, além do cuidadoso paisagismo, existem obras de arte. Um exemplo é o mural que representa o desenvolvimento de Maringá, desde a chegada dos primeiros pioneiros, e também esculturas representando uma família de camponeses. Essas obras são do artista plástico Antônio Rizzo.
No presente momento, acontece uma exposição de fotografias no espaço destinado à exposições temporárias. Denominada Além do Olhar, ela apresenta o material de quatro fotógrafos distintos em sua forma de ver a cidade. Com isso, o visitante pode perceber que uma cidade pujante, linda, carrega em seu cotidiano questões corriqueiras. À sombra dos majestosos edifícios, existem os vendedores ambulantes, dos carros luxuosos, as carroças puxadas a cavalo, as ruas floridas e arborizadas, os catadores de lixo. O Museu, por meio de sua exposição de fotos, reflete essa realidade.
Essa, inclusive, é a proposta da 15ª Semana Nacional dos Museus. A temporada cultural promovida pelo IBRAM, Instituto Brasileiro de Museus, cujo tema é “Museus e histórias controversas: dizer o invisível em museus”, pretende trazer à tona os discursos apresentados nos museus e refletir sobre eles.
Dia 18 de maio: dia internacional dos museus
Conheça a Unicesumar e a sua estrutura em nosso site.

Texto por: Carla Savaris e Loide Castanho