Os cuidados na hora de abrir seu comércio eletrônico

Tornar-se o seu próprio patrão, quem nunca pensou nisso? Ter autonomia, fazer suas escolhas, criar seu tempo de trabalho e muitas outras vantagens que a sua própria empresa pode proporcionar. E já pensou em ter seu próprio negócio on-line? Sim, ter um e-commerce e ser chamado de empreendedor. Mas vale a reflexão: seu perfil é voltado para empreendedor no e-commerce? Você abriria mão de finais de semana e feriados para atender clientes on-line? Teria tranquilidade em lidar com imprevistos e não saber ao certo quanto será seu lucro final do mês? Nesta postagem, vamos conhecer passos importantes para verificar a viabilidade de um negócio eletrônico.

Neste mês em comemoração ao Dia Mundial do Consumidor, gostaríamos de mostrar fatores importantes para a realização desse sonho! Itens que mostrarão os cuidados daqueles que já possuem um e-commerce e se guiaram em atitudes que exigem cuidado e comprometimento, por meio de 4 passos importantes:

  1. Recursos;
  2. Público;
  3. Comunicação;
  4. Pós-venda.

NA PRÁTICA!
Para ter seu e-commerce de forma legal, regulamentado, veja todos os passos para a abertura de uma loja virtual no link abaixo. Fique por dentro de assuntos importantes sobre CNPJ, taxas, juntas comerciais e muito mais! Acesse o site do Sebrae para maiores informações.

O primeiro passo é o RECURSO.
um homem sentado em uma mesa trabalhando em um computadorQuanto se gasta para abrir um e-commerce? Isso varia muito: pode ser R$ 50 por mês num site simples, chegando a R$ 60 mil por mês para sites exclusivos, isso sem contar consumo de internet, luz e impostos para o governo. Mas calma!

Não possui verba para um alto investimento? Tudo bem, existem sites de baixo custo para você contratar, por exemplo: WordPress, entre U$ 15 e U$ 30; e o Webnode, com possibilidade de contratar 3 opções de pacotes com valores baixos. Há também sites que fazem apenas o anúncio, como a OLX, no qual você deixa seus contatos e o comprador conversa diretamente com você. Além disso, há sites gratuitos, como a WIX, Loja integrada, Minestore, entre outros.

É essencial que você saiba que há várias formas de fazer seu e-commerce. Outro exemplo: você faz artesanatos? Há sites especializados neste mercado, como Elo7 e Br artesanatos. Quer trabalhar com brechós? Indicamos o site Enjoei. Quer algo mais fácil, que você já tem familiaridade? Utilize as redes sociais! Faça perfis no Facebook, Twitter, Instagram e etc. São muitas opções!

Cada site possui um perfil para o tipo de produto que é vendido, vale a pena conhecer todas as opções disponíveis. Verifique cuidadosamente quando contratar um site, quais as obrigações e deveres de ambas as partes, antes de começar as vendas!

Outro item importante: saiba quem é o seu PÚBLICO. Para quem você vende? Qual o perfil do seu e-shopper? Essa parte é importante, pois é com base nessa informação que você vai anunciar e vai procurar novos consumidores! Com isso, você sabe exatamente quais produtos oferecer.

Exemplo: seu público é voltado para as mamães. Então, você pode procurar no Facebook mulheres grávidas ou que já tiveram seus bebês para mostrar o seu negócio. Neste caso, não vale a pena diversificar tanto na venda: roupas, sapatos e bolsas. Isso fica muita coisa para quem quer fazer a empresa crescer, toma muito tempo para divulgação de todos os produtos – pois aí você acrescenta ao perfil mulheres solteiras, de todas as idades, com vários tipos de gostos. Foque-se em um perfil, um grupo de fornecedores, clientes e futuros clientes. Fica mais fácil de trabalhar.

Esse pequeno grupo de consumidores, com o perfil bem definido, possui um nome: chamamos de nicho de mercado! Por isso, saiba quem é o seu nicho!

O terceiro item: COMUNICAÇÃO. Mostre que a sua empresa existe. Como diz o ditado: “quem não é visto não é lembrado!”. Essa comunicação pode começar por e-mail para os contatos que você já possui, exemplo: e-mail para aniversariantes, para informar sobre ofertas, sobre novos produtos disponíveis. Ela é uma ferramenta barata e de fácil acesso.

Nas redes sociais da empresa, crie postagens com conteúdos voltados ao seu e-commerce, coloque curiosidades, dúvidas e descreva produtos/serviços oferecidos. Postagens com datas comemorativas possuem grande aceitação, ainda mais quando é voltado para o Dia das Mães, Dia dos Pais, Natal! Ideias novas são bem-vindas, mas lembre-se: nunca exagere. As pessoas se cansam quando há muitas postagens. Tenha cuidado!

Uma outra ferramenta de comunicação que vale a pena conhecer é o chamado boca a boca, que é a comunicação verbal, por conversa: um indicando para o outro. Comece isso com a família, amigos e conhecidos. O último item que deve ser avaliado: PÓS-VENDA. Saber se o produto satisfez a expectativa do seu consumidor. ppp

Peça uma avaliação do seu produto e até mesmo do atendimento prestado! Ter um feedback (resposta) de como foi todo o processo de compra é importante para que novos consumidores possam conhecer o atendimento da empresa; e quando o feedback é positivo, isso transmite confiança, mostrando que é uma empresa idônea!

Caso tenha avaliações negativas, fique atento! Segundo entrevista de Bruno Yoshimura, um dos fundadores da Kekanto, “agora, [as empresas] sabem que uma crítica negativa pode estimular outra pessoa a relatar sua experiência parecida”. Então, responda questões negativas, tente converter essa opinião, resolva o problema, isso indica interesse e engajamento.

O pós-venda é essencial para ouvir o consumidor. Estudos indicam que, quando uma empresa trata mal seu consumidor, ele espalha para 10 pessoas, e quando é bem atendido, fala para apenas 3. Ou seja, tratar mal um cliente ou mesmo omitir uma informação pode trazer muita dor de cabeça. Converter isso exige muita energia!

Esses pontos apresentados devem ser praticados por aqueles que trabalham com o e-commerce, pois ajudam no crescimento da empresa. Podem ser identificados pelos consumidores, pois traz comprometimento. E são debatidos por acadêmicos quanto às ações que podem trazer melhorias.

Vale ressaltar que no e-commerce também existe uma legislação, regida pelo CDC e pelo Decreto nº 7.692-2013 tornando-se o principal regulamento do e-commerce no Brasil.

POSSIBILIDADES!
– Você pode ter seu próprio e-commerce da forma que você planejou, criado do zero.
– Ou escolha uma franquia! Tenha um negócio que já possui diretrizes e já é conhecido no mercado.

Para terminar: “estar decidido, acima de qualquer coisa, é o segredo do êxito.” (Henry Ford)

Autora: Ednar Rafaela Mieko Shimohigashi
Mestranda em Administração pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), MBA em Gestão Comercial, MBA em Gestão de Pessoas e especialista em Educação a Distância e as Tecnologias Educacionais pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar), bacharel em Administração pela Faculdade Integrado de Campo Mourão. Professora mediadora do Núcleo de Educação a Distância da Unicesumar com atuação nos cursos de Gestão Comercial, Marketing e Gestão de Lojas e Pontos de Vendas.

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