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No post de hoje, a EAD Unicesumar conversou com o aluno Erick Alexander Pérez Ortuño. Ele é aluno do curso de Teologia na modalidade a distância no polo de Maringá, no Paraná.
Ele conheceu a Unicesumar através de um seminário que participou no campus da Unicesumar em Maringá. Escolheu a modalidade a distância pois permitia melhor organização no seu dia a dia.
Para o aluno de Teologia, sua adaptação com a modalidade foi boa, fácil e rápida. Segundo ele, o ambiente on-line é bem simples de usar, atrativo e leve em consumo de dados.
Erick conta sobre a sua relação com os refugiados. No Brasil há 3 anos, ele também é missionário e imigrante venezuelano. O aluno chegou junto com sua esposa e filhos para cuidar de imigrantes de outros países e de pessoas em situação de refúgio, com apoio da igreja evangélica.
Neste momento, ele ocupa a presidência da Associação dos Estrangeiros em Maringá (AERM). Essa associação é uma organização fundada por imigrantes em situação de refúgio de mais de 13 países.
Com o apoio de igrejas cristãs, instituições de ensino superior, a prefeitura de Maringá e outras instituições públicas e privadas buscam acolher e integrar essas pessoas. Tanto as que se encontram em situação de refúgio como imigrantes. Além disso, a sua relação com o refugiado vai além das questões institucionais. Erick possui amigos refugiados de vários países. E ele, por ser venezuelano, vê muito casos de seu povo na mesma situação.
De forma institucional, tanto pela igreja como pela associação, os envolvidos nessa causa atendem de forma individual e com muita empatia a pessoa em situação de refúgio. Tentam conhece-la, chorar junto, rir junto, abraçá-la e contribuir de forma positiva com seu processo de integração no novo país. Para realizar esse trabalho, 5 eixos importantes devem ser respeitados: acolhimento, integração, assistência jurídica, assistência social e assistência psicológica.
De forma pessoal, o aluno descreve que sente a dor dessas pessoas. Como dito anteriormente, ele acompanhou a saída em massa de venezuelanos fugindo da fome, da perseguição política e da opressão em busca de paz. Erick também possui amigos nigerianos que saíram de seu país fugindo de grupos terroristas, amigos sírios que saíram por medo de ser atingidos e mortos na guerra e amigos brasileiros que moraram na Itália ou na Espanha e que foram vítimas de xenofobia, preconceito e racismo. Porém, como pessoa e como cristão, segundo Erick, ele não podia não ficar de olhos fechados diante tanto sofrimento.
O aluno nos conta que apenas dez países acolhem 56% dos refugiados no mundo. E que, ainda, esses países estão entre os mais pobres do mundo. O Brasil, mesmo passando por um momento econômico desfavorável, tem grande potencial de cuidar dos refugiados que chegam as suas fronteiras. Ele continua dizendo que, no mundo, tem mais brasileiros morando fora do Brasil do que algum tipo de imigrante morando no Brasil. “Esse número de imigrantes de outros países está em torno de um milhão de pessoas. Ao compararmos com países como os Estados Unidos, que tem 12 milhos de imigrantes, esse número acaba sendo bem insignificante”, conta Erick. Para ele, o brasileiro é uma pessoa muito amorosa e acolhedora.
O aluno compartilha que tem aprendido muito nestes 3 anos. Ele conta que tem conhecido pessoas maravilhosas; guerreiros que defendem suas famílias e lutam pela vida.
“Tenho testemunhado como pessoas tem vindo voluntariamente e se oferecido para cuidar, abraçar e assistir outras pessoas. Tudo isso com muito amor e carinho. Neste tempo, vi os meus filhos aprendendo rapidamente uma nova língua, brincando com outras crianças mesmo sem falar português e, ao mesmo tempo, aprender coisas boas de diversas culturas. Sou grato a Deus pelo privilégio de poder servir ao imigrante. Além disso, de poder finalizar meu segundo curso universitário, de conhecer a cultura brasileira e de estar ao redor de tantas pessoas amorosas e disposta a amar o próximo”.
Erick convida a todos para acompanhar esse trabalho nas redes sociais: na página AER Maringá e Projeto No More.
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