Assistência social: 5 desafios da profissão

Está cogitando trabalhar com assistência social? Saiba que o Brasil oferece um amplo campo de atuação para os profissionais da área. Ou seja, há muitas possibilidades para quem se forma no curso.

Mas para ter certeza de que a profissão tem a ver com você, não deixe de conhecer um pouquinho mais sobre a área e o mercado de trabalho.

Se você ficou interessado, continue lendo! Este conteúdo apresenta alguns dos desafios da assistência social. Confira quais são e veja se você está pronto para encará-los!

Os 5 maiores desafios da assistência social

Como toda profissão, os assistentes sociais enfrentam alguns desafios no dia a dia. Antes de entrar de vez para o mercado de trabalho, vale a pena conhecer quais são eles. 

1. Falta de esclarecimento sobre a função

As dificuldades começam com o seguinte problema: as pessoas não entendem qual é a verdadeira função da assistência social. É comum que o papel dos profissionais da área esteja associado à ajuda aos necessitados e aos mais vulneráveis.

Embora esta também seja parte das atribuições, ela não é a única. Afinal de contas, o assistente social visa, sobretudo, proteger os direitos sociais, civis, políticos e econômicos da população.

E isso não depende de classe social, mas vale para absolutamente todos os cidadãos.

Com esse objetivo, esses profissionais fazem as intervenções necessárias. É por meio da garantia de qualidade de vida e dignidade para todos que eles vão em busca de uma sociedade mais justa.

2. Não dar conta de tanto trabalho

O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo e não é preciso ser especialista no assunto para saber disso. Até porque a desigualdade está escancarada, ou seja, somos obrigados a lidar com ela todos os dias.

Isso significa que, ainda que o Brasil seja um país cheio de riquezas, estas estão concentradas nas mãos de poucos.

Como consequência, milhões enfrentam dificuldades diárias, vivem em péssimas condições de moradia, passam fome e lidam com os mais diversos problemas. Portanto, estão longe de ter seus direitos assegurados.

Dessa maneira, é um grande desafio para a assistência social conseguir proteger os direitos humanos de toda população que precisa desse suporte. O volume de trabalho é enorme, o que faz os profissionais terem que se desdobrar.

3. Lidar com público em vulnerabilidade

Embora esta seja uma das maiores funções da assistência social, é ao mesmo tempo um dos grandes desafios. Por mais preparados que os profissionais estejam, não é fácil ter que encarar alguns dos aspectos mais dolorosos da nossa sociedade.

É por isso mesmo que não é qualquer um que tem a capacidade de trabalhar na área. Lidar com pessoas em situações de vulnerabilidade exige competências especiais para propor boas soluções.

4. Problemas na liberação de recursos

É claro que o sucesso do trabalho feito pela assistência social não depende apenas dos esforços dos profissionais. Como qualquer atividade, depende de dinheiro.

Os recursos para os programas, ações e projetos da área vêm de repasses dos governos federais, estaduais ou municipais. Esses recursos são fundamentais para a estruturação do programa e realização dos atendimentos.

O problema é que nem sempre é fácil ter acesso a eles. A liberação da verba enfrenta obstáculos criados pela desorganização da gestão e até por conta de questões políticas.

Quando não há dinheiro suficiente, o trabalho dos assistentes sociais fica comprometido, pois impede que materiais importantes sejam comprados, treinamentos sejam feitos, entre outros.

5. Dificuldade de acessar quem precisa

De nada adianta diversos serviços assistenciais existirem, se as pessoas que deveriam usá-los não estiverem indo ao encontro a eles. Infelizmente isso acontece bastante.

Muitas famílias que precisam de suporte não sabem que têm direito à assistência social. Geralmente, é porque a população não é bem informada sobre os seus próprios direitos, o que precisam fazer para usar os benefícios etc.

Além disso, os próprios assistentes sociais não conseguem chegar a quem precisa. Até mesmo por conta de problemas com o sistema de cadastro, por exemplo, eles não conseguem localizar as famílias.

Como melhorar a rotina de trabalho dos assistentes sociais

Algumas medidas são capazes de trazer melhorias significativas para quem trabalha com assistência. Veja só:

Adquirir habilidades fundamentais

Lidar com pessoas

Apesar de parecer óbvio, vale ressaltar aqui a importância de saber lidar com todo tipo de gente. É preciso entender o perfil de cada um para usar a linguagem mais adequada.

Dificilmente, o assistente social consegue identificar o problema e propor uma solução sem estabelecer uma comunicação efetiva com quem precisa ser atendido.

Controle emocional

Todos somos seres humanos, o que quer dizer que é impossível não nos sensibilizarmos diante de certas situações. No entanto, o assistente social precisa saber controlar as emoções.

Isso está longe de ser algo fácil. Mas durante o curso de graduação, os estudantes aprendem como ter esse controle e saber se distanciar dos problemas de quem estão atendendo.

Comunicação

Além da comunicação ser fundamental para compreender a população, conseguir se expressar bem é uma ferramenta de trabalho. É a partir dela que o assistente social exerce sua função.

Na hora de mediar as necessidades das pessoas com os órgãos responsáveis, os profissionais precisam negociar e argumentar bem para defender suas propostas.

Organização

Quando orçamento é curto e o volume de trabalho é grande, a organização é ainda mais importante. As equipes de assistência social precisam dividir bem as função, montar cronogramas de visitas, registrar os atendimento e manter o controle do que vem sendo feito.

Assim, o risco das informações se perderem é menor. Ao mesmo tempo, fica mais fácil otimizar o tempo de trabalho, muitas vezes desperdiçado por conta da desorganização.

Mudança na visão assistencialista

Um dos pontos de partida para trazer melhorias para a assistência social no Brasil é mudar a visão das pessoas de que se trata de um trabalho de caridade.

Até porque, com esse pensamento, ninguém vai conseguir reverter o quadro de desigualdade do país. Para ser assistente social, ter vontade de ajudar não é suficiente.

É isso que precisa ser mostrado para que as pessoas mudem a visão que elas têm. Dessa forma, a profissão poderá ser mais valorizada e a superação dos desafios estará mais perto da realidade.

Acha que tem vocação para ser assistente social? Então conheça mais sobre o curso de Serviço Social da Unicesumar!

Comentários

Comentários