Você teve uma experiência sem igual sendo voluntário em uma organização do terceiro setor? Seus olhos brilharam, você se sentiu aberto para aprender com o próximo e ajudar a transformar realidades?
Saiba que é possível dar mais um passo e seguir carreira como um profissional transformador de realidades em ONGs, OSCIPs e outras organizações do tipo.
Continue lendo para descobrir mais sobre o terceiro setor, conferir as possibilidades de atuação nesse ramo e saber como o curso de Gestão Pública ajuda você a fazer a diferença!
O que é o terceiro setor?
Segundo a professora Márcia de Souza, o terceiro setor é um misto de organizações da sociedade civil (OSCs) com interesse público e que não visam o lucro.
São associações e fundações que buscam o bem-estar da população preenchendo lacunas deixadas pelo primeiro (Estado) e o segundo (mercado) setores. Em outras palavras:
“O terceiro setor é baseado num conjunto de ações promovidas pela sociedade civil, a fim de colaborar na execução das políticas públicas.”
Essa definição de José Alberto Tozzi, especialista em entidades do terceiro setor, é um outro bom ponto para compreender esse ramo da sociedade. No Brasil, essa área se desenvolveu consideravelmente após a Constituição Federal de 1988.
Ainda de acordo com Tozzi, esse evento “marcou o chamado para uma sociedade civil mais ativa, parceira na execução e na formulação de políticas públicas, ou seja, auxiliadora do Estado para a implantação dos direitos sociais fundamentais.”
De lá para cá, o terceiro setor continuou a transformar realidades, evoluiu conforme as mudanças da sociedade; ganhou autonomia e controle de cada ação realizada; profissionalizou e sofisticou o processo de gestão.
https://www.youtube.com/watch?v=nx7fnkzvi1s&feature=youtu.be
Quais organizações podem fazer parte do terceiro setor?
Você sabia que não é qualquer organização privada que pode ser considerada do terceiro setor? De acordo com o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), as organizações da sociedade civil são entidades que:
- são privadas, sem vínculo jurídico ou legal ao estado;
- não possuem fins lucrativos. Ou seja, mesmo que algumas OSCs cobrem por suas atividades, como acontece em redes de Serviço Social Autônomo (como Sesi, Sesc, Sebrae, Senat etc.), a receita é completamente reinvestida para manter o funcionamento da organização. Não há distribuição de lucros para os diretores;
- são legalmente constituídas de modo voluntário e possuem CNPJ;
- são autoadministradas. A organização decide como será gerenciada, sem estar submetida a regramentos externos.
“Mas como é o relacionamento de OSCs com o estado e a iniciativa privada? Os setores são ‘rivais’?”
Não existe rivalidade entre essas áreas da sociedade. Entidades do primeiro e segundo setores podem firmar parcerias e investir em projetos sociais de ONGs, OSCIPs e outras organizações da sociedade civil.
Além disso, as OSCs podem colaborar com o desenvolvimento de políticas públicas e projetos de leis. Um exemplo é a participação da ONG Transparência Brasil na legislação das parcerias público-privadas em 2004. Na época, o Ministério do Planejamento atendeu sugestões da ONG para reduzir a duração dos contratos de 45 para 35 anos, além da exigência de laudo para a avaliar as propostas de empresas interessadas na parceria.
Quais as possibilidades de atuação no terceiro setor?
Você certamente encontrará uma organização do terceiro setor em um ramo do seu interesse. Segundo dados do IPEA, atualmente existem 820 mil organizações que atuam nas seguintes áreas:
- Saúde (hospitais e outros serviços de saúde);
- Cultura e Recreação (esportes e recreação; cultura e arte);
- Educação e Pesquisa (educação infantil; ensino fundamental; ensino médio; educação superior; educação profissional; estudos e pesquisa; atividades de apoio à educação e outras formas de educação e ensino);
- Assistência Social;
- Religião;
- Associações patronais, empresariais e profissionais;
- Desenvolvimento e defesa de direitos e interesses (defesa de direitos em múltiplas áreas; associações de pais, professores, alunos e afins; associação de moradores; associações patronais e profissionais; centros e associações comunitárias; cultura e recreação; saúde, assistência social e educação; religião; meio ambiente e proteção animal; desenvolvimento rural; defesa de direitos de grupos e minorias; outras formas de desenvolvimento e defesa de direitos).
Juntas, essas OSCs empregam formalmente quase 3 milhões de pessoas em todo o Brasil . A remuneração de trabalhadores do terceiro setor gira entre R$ 1.500 e R$ 6.300.
Há oportunidades para ocupar desde cargos operacionais até funções estratégicas, como coordenador ou gestor de projetos sociais.
Quais os desafios das organizações do terceiro setor?
De acordo com Tozzi, as ONGs, OSCIPs e outras OSCs enfrentam os seguintes desafios de gestão atualmente:
- Falta de recursos para realizar as atividades adequadamente;
- Riscos de sustentabilidade (como a OSC se sustentará);
- Diferencial competitivo na captação de recursos (como se destacar ao buscar investimentos para os projetos sociais);
- Contrapartida com recursos próprios (em projetos parcialmente financiados pelo governo);
- Falta de conhecimento e metodologia de gestão (capacitação de gestores);
- Mensuração de resultados (usar indicadores eficientes para medir os resultados);
- Dificuldades para atingir os resultados sociais;
- Falta de títulos e certificações para a organização assegurar benefícios como isenção de impostos, segurança e credibilidade.
Para lidar com esses desafios e trilhar uma carreira recompensadora e transformadora de realidades, é necessário se capacitar.
Veja, a seguir, como a graduação em Gestão Pública auxilia o profissional do terceiro setor.
Como o curso de Gestão Pública ajuda a trabalhar eficazmente no terceiro setor?
Lembra que falamos aqui que uma organização do terceiro setor pode receber verbas públicas (governo federal, estadual ou municipal)? Que também pode ter um papel estratégico no desenvolvimento de políticas públicas e projetos de leis?
Agora, reflita: como fazer tudo isso sem um excelente conhecimento da administração pública brasileira? Com certeza vai levar mais tempo e ser ainda mais desafiador, concorda? Afinal, o investimento recebido do estado faz a diferença para muitas ONGs, OSCIPs e outras organizações da sociedade civil.
É preciso conhecer diversos aspectos do funcionamento do estado para conseguir mais apoios, realizar negociações e contribuir em projetos que podem melhorar a vida de milhares de brasileiros em vulnerabilidade social.
Durante o curso de Gestão Pública, você mergulha no mundo da administração pública para aprender sobre:
- Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais;
- Administração voltada à Gestão Pública;
- Contabilidade Pública;
- Economia do Setor Público;
- Estado, Governo e Políticas Públicas;
- Ética, Processos Decisórios e Negociação Aplicados à Gestão Pública;
- Finanças e Orçamento Público;
- Formação Sociocultural e Ética;
- Fundamentos de Legislação;
- Gestão de Pessoas e Desenvolvimento de Equipes;
- Gestão de Projetos voltados ao Setor Público;
- Licitações e Contratos na Administração Pública;
- Logística no Setor Público;
- Métodos de Pesquisa aplicados à Gestão Pública;
- Planejamento Urbano e Meio Ambiente;
- Sistemas de Informação no Setor Público;
- Sustentabilidade e Responsabilidade Social.
Em outras palavras, você se torna um gestor público, um profissional valioso para o terceiro setor!
Gestão Pública: essencial para o terceiro setor
Com toda essa sabedoria, será mais fácil navegar as águas da administração pública.
Você terá mais embasamento e confiança para lidar com os desafios das OSCs, negociar e obter mais suporte para as iniciativas sociais, além de colaborar para o desenvolvimento de legislações transformadoras de realidades.
Pronto! Agora você está bem informado sobre o terceiro setor e as oportunidades nessa área. Que tal conferir todos os detalhes da graduação em Gestão Pública EAD?