Acordar cedo, pegar o transporte, chegar ao escritório ou local em que atua e voltar para casa depois de 9 ou 10 horas, por conta da pausa para almoço. Às vezes, somente de segunda a sexta, outras de domingo a domingo, com folga em outro dia da semana. Essa é a realidade de muitos brasileiros –– e há quem pense que esse é o único tipo de trabalho existente.

Mas sabia que existem muitas outras? Seja pelas mudanças no mercado, seja pelas diferentes necessidades dos profissionais, são tipos de trabalho igualmente válidos e importantes para o desenvolvimento de uma pessoa. A seguir, conheça quais são, o que os caracteriza e como funcionam os cargos nessas modalidades!

Formal ou assalariado

Esse é o tipo de trabalho mais conhecido –– e com as características que vêm à mente das pessoas quando pensam em emprego. O trabalhador formal é aquele que a empresa contrata e deve cumprir o combinado na descrição da vaga, desde que os itens estejam de acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Os profissionais precisam bater ponto na empresa para garantir os benefícios dos dois lados. Caso ultrapassem o número de horas trabalhadas, recebem hora extra ou um bônus no banco de horas, que podem ser compensadas posteriormente. Com isso, a empresa se isenta de problemas legais.

Também têm os benefícios comuns, como férias, 13º salário, vale-transporte, vale-alimentação e/ou refeição, ao menos uma folga na semana, licença maternidade e paternidade etc. No seu contracheque, são descontadas da remuneração a contribuição ao INSS e do Imposto de Renda. Caso se acidente ou precise de alguma licença por qualquer motivo, o direito do trabalhador é assegurado por esses tributos.

Autônomo

O trabalho autônomo reúne pessoas que não têm vínculo empregatício com alguma empresa –– e já são mais de 24 milhões de brasileiros nessa modalidade. Os chamados freelancers, ou freelas, constituem a própria empresa e se formalizam em busca de alguns direitos.

Aqui, não há horários de trabalho preestabelecidos, patrões ou demais cobranças comuns à CLT. Por outro lado, direitos como férias e 13º salário não estão a seu alcance –– a não ser que você faça um pé de meia para suprir esses valores por conta própria.

O jovem no mercado de trabalho pode escolher tanto o cargo assalariado quanto o autônomo. Vale pesar na balança não só as características de cada um, mas também as oportunidades que tem em mãos. Muitas vezes, aceitar um trabalho sem carteira assinada pode ser o início de uma grande jornada.

Trainee

O programa de trainee é oferecido a estudantes no fim de sua graduação ou mesmo aos recém-formados em busca de boas experiências no mercado. Esse é um tipo de trabalho para quem tem disposição em aprender de tudo um pouco e apresentar resultados mais rápidos. Também funciona como uma preparação para, no futuro, assumir cargos de gestão.

Durante o período como trainee, o estudante passa por setores diferentes dentro da empresa. O objetivo é ter uma compreensão global do negócio e desenvolver uma visão estratégica e inovadora dos processos. Dos treinamentos ao acompanhamento de um profissional experiente, ele encontra uma formação completa.

Outra boa notícia é que esse tipo de trabalho está em alta. Só até novembro de 2020, a oferta de vagas teve crescimento de 36% em comparação com o ano anterior. Se considerarmos a grande chance de ser efetivado ao fim do contrato de trainee, é um excelente investimento a se pensar.

Se você quer saber como ser trainee, saiba que a escolha de uma boa graduação faz toda a diferença. É a instituição que vai dar o estímulo necessário para a aquisição de novas experiências, que vão para o currículo. Com o documento atualizado em mãos, procure vagas pela internet, nos portais de emprego ou nos próprios sites de grandes empresas.

Estágio

O estágio existe de diferentes formas. Em geral, ele pode ser remunerado ou, então, não remunerado:

  • remunerado: nesse modelo, o estudante busca vagas de maneira independente e, pelos seus serviços, recebe um auxílio financeiro previamente combinado. Também tem direito a férias e vale-transporte;
  • não remunerado: este costuma ser obrigatório para muitos cursos de ensino superior. Algumas faculdades fazem a ponte entre os estudantes e as empresas que fornecem as vagas. O grande benefício aqui é o aprendizado conquistado.

Quando há auxílio financeiro ao estagiário, ele é bastante inferior à remuneração de outros tipos de trabalho. Quer alguns exemplos? Pense no salário do engenheiro no ramo da Mecânica. Enquanto o contratado no regime CLT recebe cerca de R$ 8,2 mil, o trainee ganha R$ 3,2 mil e quem faz estágio, R$ 1,3 mil –– valores sujeitos à alteração.

Esse tipo de trabalho é tão importante que tem até uma legislação para ele –– a Lei nº 11.788/08, também conhecida como Lei do Estágio. Ela garante os direitos dos estagiários, como o período máximo de horas trabalhadas, a possibilidade de sair mais cedo em períodos de provas, remuneração etc. Também estipula alguns deveres e condições à atuação do estudante.

Geralmente, para se candidatar a vagas de estágio, vale fazer uma boa carta de apresentação. Como o currículo de estudantes ainda não é muito recheado de experiências profissionais, essa é uma forma de mostrar seu valor aos recrutadores. Assim, você tem mais chances de ser aprovado para estagiar na empresa de seu interesse.

Voluntário

Por fim, temos o trabalho voluntário. Como o próprio nome indica, a pessoa dispõe seus serviços a uma causa ou empresa –– geralmente, uma ONG. Não há uma remuneração ofertada nesse segmento. Porém, a pessoa tem muito a ganhar com o voluntariado. Veja alguns dos benefícios:

  • oportunidade de ajudar causas importantes da sociedade, transformando a vida de outras pessoas;
  • desenvolvimento de habilidades comportamentais essenciais ao mercado, como trabalho em equipe, empatia, resolução estratégica de problemas, paciência, altruísmo etc.;
  • retorno emocional por fazer o bem ao próximo, que se apresenta em forma de agradecimentos e carinho das pessoas auxiliadas pelo voluntariado;
  • criação de um networking com outros profissionais, às vezes, de diferentes áreas, o que favorece futuras oportunidades de trabalho;
  • destaque no currículo, já que muitas empresas colocam como diferencial no processo seletivo a participação em trabalhos voluntários.

Faz parte do seu autoconhecimento profissional saber quais são os tipos de trabalho e qual melhor atende às suas expectativas. Nada impede você de assumir vários deles ao longo da carreira –– ou mesmo mais de um ao mesmo tempo, principalmente quando se trata do voluntariado. Não somente seu currículo ganha com isso, seu desenvolvimento pessoal também.

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